Ao examinar os treinos atuais, verifica-se que, normalmente, se executam cerca de 4 a 5 exercícios para cada grupo muscular, com 3 a 4 séries por exercício. Levando em conta que não se adota a visão de cadeias musculares e, além disso, não se leva em consideração o trabalho de todos os músculos envolvidos em um exercício (por exemplo, se ignora o trabalho do tríceps durante o supino e o trabalho do bíceps durante a puxada), há redundância de treinamento e pode-se chegar a absurdas 40 séries diárias.
Treinos com volumes elevados dificilmente poderão ter intensidade alta, por mais que seja difícil executá-los. E se houver uma tentativa de utilizar métodos para intensificá-lo será atingido um quadro de excesso de treinamento. Neste sentido, há diversas pesquisas que obtiveram resultados expressivos com volumes baixos de treino e as evidências mostram que aumentar o volume pode não ser uma boa estratégia.
HASS e colaboradores (2000) verificou os efeitos do aumento do volume de treino na performance e composição corporal em 42 homens treinados (média superior a 6 anos de treino). As séries foram realizadas com 8-2 repetições máximas e os treinos tinham frequência média de três vezes por semana. Os participantes realizavam habitualmente uma série por exercício, metade permaneceu assim e metade do grupo passou a realizar três séries.
Os resultados do estudo mostraram que aumentar o volume de uma para três séries não trouxe vantagens em termos de performance e composição corporal. Ou seja, aumentar o volume do treino não parece ser uma estratégia interessante para buscar evoluções.